Wednesday, October 10, 2007

6 de Outubro de 2007, História a ser escrita...

6 de Outubro 2007, 23:30, Teatro Princesa Grace Mónaco, Norbert Ferré chama o presidente do jury da 22a edição do "Monte Carlo Magic Stars" o Sr. Li Jian, presidente da Fism 2009, para anunciar o vencedor da varinha de ouro, e o prémio foi para: DAVID SOUSA. É verdade o português DAVID SOUSA ganhou a varinha mágica deixando pelo caminho concorrentes como Latko, o vencedor da Flasoma 2006, Jérome Helfenstein, Florian Zimmer, entre outros.

    Este foi sem dúvida um dos espectáculos que mais emoções me trouxe, e que tive o prazer de assistir, e não só pela vitória do David, mas sim pelo que sucedeu no palco, e que a seguir descrevo.
    O  Espectáculo decorreu no Teatro princesa Grace, um teatro não muito grande, e que possui uma arquitectura interna bastante interessante: está organizado em andares, quer a parte do público quer os camarins.
    A Apresentação esteve a cargo de Norbert Ferré, com a ajuda de Frank Wilson, sim o Holandês que esteve na Fism, que mais uma vez demonstrou ser uma mais valia para qualquer espectáculo... Norbert Ferré fez, a meu ver, a melhor apresentação de um espectáculo que jamais vi, suplantando mesmo a apresentação que o TOPAS fez na FISM2006 em Estocolmo, com uma apresentação que no total apenas teve um efeito mágico, onde um cigarro aceso é colocado no casaco de um espectador, e o mesmo não se queima, o que salientou ainda mais os números que foram apresentados pelos artistas, de declamar poemas sobre magia a interacções cómicas com os espectadores, enfim, por incrivel que pareça os espectadores apenas se levantaram da cadeira a aplaudir quando o Frank Wilson apresentou o Norbert Ferré mesmo no final do espectáculo, e para mais nenhum artista.
    O Alinhamento do espectáculo foi:

  • Latko
  • David Sousa
  • Jérôme Helfenstein
  • Florian Zimmer
  • Xu Fengmei
Intervalo
  • Junge Junge
  • Burl
  • Shimshi
  • Men in Coats
  • Yan Rouven
    O espectáculo começou com o Argentino Latko, que com a conhecida rotina da reconstrução da mota, esteve bem, mas não suscitou um grande entusiasmo do público.
    Em seguida actuou o David, que foi sem dúvida quem suscitou mais aplausos e bravos do público durante a primeira parte, uma actuação segura e sem grandes máculas como já nos habituou.
    O Jérôme Helfenstein, apresentou a sua rotina de sombras chinesas, que quanto a mim é a melhor que já vi nos ultimos anos, igual á que apresentou na Fism2006, e que muda a forma como vêmos sombras chinesas, pois ele está sempre á vista, e interage não com uma tela branca, mas sim com imagens que são emitidas por um projector nessa mesma tela.
    Do Florian Zimmer estava á espera de mais, rotina igual à que apresentou na Fism, que não suscitou absolutamente nenhuns aplausos do público á excepção da aparição da bicicleta no final da rotina, um número muito forçado, com muitos pormenores interessantes, mas que no todo apresenta muitos efeitos forçados.
    Já vi muitos espectáculos e concursos nos anos em que estou ligado ao ilusionismo, já vi ilusionistas que gostei, outros que não gostei, mas até á actuação da Xu Fengmei nunca tinha visto nenhum que tinha DETESTADO, tal foi o caso da Xu FengMei, apresenta um número de aparição de aquários, que estão nitidamente debaixo das suas saias, pois durante toda a actuação nunca se mexe, e tal é a quantidade de aquários que tem debaixo da saia e no vestido, que parece deficiente, por várias vezes é mais que evidente o que faz, e no final com a ajuda de duas partenaires, faz aparecer dois aquários grandes com peixes verdadeiros, para mostrar que os peixes são verdadeiros, passa a mão no aquário e ao mexer a água do mesmo, dois peixes são atirados para fora do aquário e MORREM em palco, não fazendo a artista nada para evitar que isso aconteça, mesmo quando está a pouco mais de meio metro, teve que ser o Frank Wilson a entrar e a colocar os peixes no aquário, e com tudo isto a acontecer, imaginem o mais incrivel GANHOU a varinha de PRATA pois o presidente do jury era CHINÊS, outra coisa não seria de esperar depois do que vimos na FISM2006.
    O Intervalo foi muito interessante, pois na sala para onde saíamos estava o Tabary, entre outros a fazer magia de salão e close-up, onde podiamos continuar a apreciar ilusionismo, um pormenor muito agradável.
    Na segunda parte pouco de ilusionismo vimos, mas apareceram algumas das actuações mais interessantes que vi até hoje.
    Os Jungue Jungue apresentaram o número das telas que já vimos em Valongo e muito interessante.
    Burl apresenta um número de bolas de sabão semelhante aos já conhecidos, com a diferença que apenas usa as mãos, e nunca nenhum aparato.
    Shimshi é um ilusionista Americano que trabalha em las vegas, no World Greatest Magic Show, um bom bailarino, apresenta como número principal da sua actuação uma mulher serrada diferente do usual, onde em vez que cortar a mulher em duas, corta em três.
    Os Men in Coats, apresentam um número cómico muito interessante, que colocou todo o público a rir durante toda a sua actuação, tem como ponto alto o homem anão que executam num fundo negro, mas com a capacidade de mímica que torna um número aparentemente banal num número fantástico.
    Yan Rouven apresenta três grandes ilusões interessantes, mas sem grande inovação.
No final vários prémios foram entregues, sendo de salientar a Varinha de Prata entregue a Xu FengMei, que inexplicávelmente a recebeu sendo em seguida vaiada palo público e a varinha de ouro do David.

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